Arquivo

Archive for janeiro \21\-03:00 2007

Mini-manual de vi

21 de janeiro de 2007 8 comentários

 Hi folks!

 

Tô meio sumido, trabalhando demais e tive uns problemas pessoais,
mas estão se resolvendo.

Sem idéia do que postar (algo interessante), eu colocaria o tutorial de Screen
do meu amigo Caio, mas ainda não é tempo. Calma, Caio, colocarei em breve! Mas hoje algo rapidinho sobre um maravilhoso editor que, muita gente (ainda) morre de medo: O vi!!!

 Explicação:

 O editor vi é onipresente em todo sistema operacional Unix-based ou Unix-Like. Ou, pelo menos alguma forma “adulterada” dele (vim) ou algum clone (elvis).
Mas, na prática, a usuabilidade é igual. Lets go? Digite ae, vi /algum/arquivo.txt ou simplesmente vi (para abrir um texto vazio).

Os modos de operação

 

 O vi é dividido em dois modos de operação. O modo de comando (command) e o modo de inserção (insert). Quando estiver em modo de inserção, as teclas digitadas
entrarão como caracteres no texto. Para voltar ao modo de comando, pressionar a
tecla ESC.

Recomendo, após qualquer caractere digitado, bater na tecla ESC. Não estranhe se virar um vício!

Enfim, os comandos \o/

 Após a noção de como a criança funciona, chegamos à parte r0x: Os comandos.

 

  •  i – Entra em modo de inserção
  • o – Insere uma linha abaixo do cursor e entra em modo de inserção
  • O – Insere uma linha acima do cursor e entra em modo de inserção
  • h – Move o cursor pra trás
  • j – Move o cursor pra linha de baixo
  • k –  Move o cursor pra linha de cima
  • l – Move o cursor pra frente
  • v + h, j, k ou l – Seleciona o texto (segurar o v)
  • y – copia o texto recém selecionado
  • c – corta o texto recém selecionado
  • p – cola o texto recém copiado/cortado
  • x – Apaga um caractere (delete)
  • shift + x – Apaga um caractere (backspace)
  • dd – Apaga uma linha inteira
  • u – Desfaz a ultima alteração recém-feita
  • /string – Procura pela ocorrência string no texto
  • n – Passa para a próxima ocorrência previamente pesquisada
  • :! – executa um comando
  • : x /nome/do/arquivo.txt – Salva com o nome designado e sai do vi.
  • :x! – Salva e sai de um arquivo já nomeado (caso esteja editando um existente)
  • :w /nome/do/arquivo.txt – Salva o texto com o nome especificado
  • :wq – Salva e sai
  • :wq! – Salva e sai sem pedir confirmação.
  • ZZ – Também, salva e sai sem pedir confirmação e sem tchauzinho.
  • :e /nome/do/arquivo.txt – Abre o arquivo para edição
  • :u – Desfaz todas as alterações desde o ultimo salvamento

 

E tá bom por hoje, vou dormir. É importante lembrar que, se você criar o arquivo antes de editá-lo com o vi, já com uma extensão (exemplo: touch script.c) ele já abrirá o
arquivo com o highlight proprio pra linguagem C (extensão .c), o que (obviamente) também vale pra outras extensões.

Ah, concluindo, pode parecer dificil fazer o uso do vi no início, mas por incrivel
que pareça, 20 minutos de uso e você estará craque 😀

Abraços,

Lucas Timm.

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Bem vindos ao Brasil

6 de janeiro de 2007 3 comentários

Hi folks =)

Após as muitas discussões sobre o bloqueio ou não do site de videos mais legal da internet, o YouTube, fiquei surpreso ao tentar acessar nessa horrível manhã de sábado e não conseguir. Li na br-linux, então, que o site havia sido bloqueado pelo processo movido pela (quem diria) atriz/modelo/manequim Daniela Cicarelli.

Pra quem ainda não sabe, a “Cica” tem uma fama internacional de que é barraqueira, encrenqueira e safada. Visto que, metade do Brasil viu o vídeo onde ela transava com o namorado bem livre e desinibida numa praia da Espanha. Um papparazzi filmou, e fez o favor de mostrar pra todo mundo. Simples assim, r0x a lot.

Como ela adora aparecer na mídia, ser bem o tipo arroz de festa, e ninguém mais tava nem lembrando dela, a criança resolveu voltar a mídia, e processou o site IG, Globo.com e YouTube por exibirem o vídeo dela e o namorado em cenas de sexo explícito, e pediu na justiça que os sites que não retirarem o vídeo deveriam ser tirados do ar. IG e Globo.com cumpriram. YouTube também. Mas, sempre tem um engraçadinho ou outro pra aproveitar e postar o vídeo novamente, em seguida o mesmo costuma ser excluído. Mas não é suficiente para essa nova forma de CENSURA que está ocorrendo.

Sou totalmente de acordo aos comentários que li na BR-Linux. Que, ao invés de bloquearem o YouTube, seria bem interessante censurarem a Daniela Cicarelli do que um site de vídeos. Pra quem não lembra, a musa dos adolescentes fez um barraco no próprio casamento, ao expulsar a outra arroz de festa, Caroline Bittencourt (de certo por ser muito mais gostosa do que aquela boca de perereca) e o ex-namorado, sei lá o nome do cara. O casamento não durou muito tempo, o Ronaldinho largou dela, e então volta e meia ela apronta uma pra não deixar esquecê-la. E, na minha opinião, deveriam processa-la por atentado ao pudor, aquelas cenas de sexo explícito lá com o cara encoxando ela não são coisas pra crianças.

Quem quiser, o vídeo ainda está disponível no aMule, basta procurar. E deixando um pouco de papo furado, vamos sair da minha crítica pessoal e colocar a mão na massa.

Antes de tudo

Eu não me responsabilizo pelo texto daqui pra frente. Pode ser usado na faculdade pra acessar o Orkut, mas lembre-se que as tuas senhas estarão transitando pra lá e pra cá através de um servidor externo, e se isso resultar numa expulsão, o problema é inteiramente teu. Esse método também pode ser utilizado pra se cadastrar no Fotolog.net, basta escolher os proxys do tipo anonymous e high-anonymous.

Mão na massa

Dê uma visitinha em http://www.publicproxyservers.com. Esse site contém vários endereços de servidores proxy externos. Lucas, o que é um servidor proxy externo?

Eu respondo. Servidor Proxy controla e faz cache do acesso a internet. Na tua faculdade deve ter um, na empresa que tu trabalha, etc. Ele é o servidor encarregado de garantir que tu, estagiário, não vai acessar o Orkut, o “messêinger” e o próprio YouTube. Ou seja, ele controla o acesso. Se o proxy da tua empresa for configurado direitinho pra isso, o mesmo também faria o que os servidores que procuramos fazem. Mas isso é outra história.

Continuando, quando acessamos através de um servidor Proxy Externo, não é o teu computador que busca a informação de determinado site, muito menos o servidor encarregado por isso. Acessando através de um proxy externo, quem acessa o site e manda a informação é o servidor que tu especificar! Simples assim. Então, definindo um proxy externo, tu não vai tentar buscar um site internacional que está CENSURADO e BLOQUEADO. Quem vai acessar é o servidor que tu especificar; Ele acessa e te manda as informações. Simples assim!

No site publicproxyservers.com, há uma listagem muito grande desses servidores que podem ser utilizados por qualquer um. Há servidores bons, ruins, vai depender da tua sorte. Anote o IP de um deles e a porta, pode ser no teu vi ou gedit!

Depois, no teu Opera, vá em Tools -> Preferences. Selecione a aba Advanced, e clicke em Network. Então, clike no botão Proxy Servers, e marque a checkbox de HTTP, insira o servidor proxy nele e a porta no campo seguinte. Dê ok em tudo, feche e abra o Opera novamente. Se a pagina principal entrar, funcionou!!! Divirta-se no YouTube. Caso não funcione, volte lá, desmarque a CheckBox, dê ok em tudo, feche o Opera e abra novamente. Volte ao publicproxyservers.com e procure outro IP.

No teu FireFox é em Editar -> Preferências. Botão Avançado. Aba Rede, botão Configurações. Insira lá o Proxy, e vale a mesma coisa que eu expliquei aí em cima.

Finalizando, usem e abusem dos servidores Proxy. E Brasil, preste a atenção. Vamos deixar de ser idiotas e boicotar esse tipo de gente. Das poucas diversões que temos, estão nos tirando o YouTube. Seria o Orkut e os blogueiros, a próxima vítima desses CENSORES?

Stay safe,
Lucas Timm.

Categorias:Diversos

Sistemas de Arquivo

5 de janeiro de 2007 3 comentários

Artiguinho rápido: Sistemas de Arquivo

Hi folks =)

Eu tava meio sem idéia de post, quase terminei um de AiGLX, quase terminei um sobre kérnels, mas nada que tava valendo mesmo o meu empenho. Então, a pedido da comunidade Linux vs. Windows, organizei rapidamente um artigo sobre uma apresentação de faculdade que eu fiz (era a minha parte no grupo): Sistemas de arquivos usados no Linux. Fiz numa linguagem fácil e não muito técnica, pra ninguém morrer de sono (como eu agora), dando foco pros sistemas de arquivo mais comumente utilizados: EXT3 e ReiserFS. Sim, eu sei que o Hans Reiser matou a mulher (ele diz que não, mas é o que dizem =) e provavelmente o ReiserFS e Reiser4 não terão atualização tão cedo. Mas, dos sistemas de arquivo que estudei, foi o que achei mais interessante, e provavelmente usarei no Linux para desktop por muito tempo =). Postarei também sobre o pré-histórico Fat32 e o gambiarra NTFS. Lets go!

 

Linux EXT2

O EXT2 na verdade é um EXT3 sem journaling, pra poupar explicações (já disse que tô com sono), leia a próxima parte que tu vai entender. Ele é praticamente igual ao Fat, também. =)

Linux EXT3

Foi desenvolvido pelo doutor Stephen Tweedie e colaboradores na Red Hat. O Sistema de arquivos EXT3 veio como evolução ao EXT2. A estrutura do sistema de arquivos é a mesma do EXT2, com a exceção que o EXT3 possui suporte ao Journaling.

O quê é o Journaling? -> Eu explico. O Journaling é um algoritmo que gera um “journal”, que é na bem verdade um arquivo de log. Esse arquivo de log registra as alterações à serem feitas no corpo do FS para depois faze-las e apagar o registro. Isso é extremamente interessante, pois em caso de interrupção súbita (como uma falta de energia) não sobram dados incompletos ou à serem gravados. Durante a inicialização, ele verifica se há algum dado não-sincronizado (logado mas não gravado) e, caso tenha, executa. Assim, dados não se perdem.

Isso faz o sistema de arquivos EXT3 ser confiável para interrupção súbita, fornecendo também uma rápida e confiável recuperação. Uma partição EXT2 pode ser convertida em EXT3, basta criar-se um Journaling. Do mesmo jeito que uma partiçao EXT3 pode ser transformada em EXT2, retirando o tal do Journaling.

O tamanho do inode do EXT3 é padronizado e pode ser escolhido. Ao aumentar o tamanho do Inode (4KB por exemplo), um arquivo de 1KB iria desperdiçar 3KB. Mas, usar um inode pequeno (512B, tamanho mínimo, por exemplo), ia castigar o cabeçote de leitura. O padrão é usar 4KB. O EXT3 não suporta arquivos individuais maiores que 2GB e eu não tive nem a curiosidade de tentar descobrir o motivo.

ReiserFS

Criado por Hans Reiser e mantido pela empresa The Naming System Venture (patrocinado pela Novell e Linspire), o ReiserFS é um dos sistemas de arquivos mais rápidos atualmente, e é um sistema de arquivos alternativo ao EXT2/3.

Entre suas principais características, estão que ele possui tamanho de blocos (inode) variável, suporte a arquivos maiores que 2 Gigabytes, estabilidade, suporte a quota, rápida velocidade de gravação e trabalha muito bem com arquivos pequenos, vou explicar. A principal sacada do ReiserFS é a alocação dinâmica de inodes, já que esse sistema de arquivos não os aloca em espaços fixos ou blocos e sim, aloca o tamanho exato que o arquivo precisa. Como assim? Exemplo, um arquivo é de 1MB, ele cria um inode de 1MB pra gravar o arquivo! Desperdício zero.

A leitura e escrita de arquivos grandes são limitadas pela velocidade do dispositivo de armazenamento e pelo canal de entrada e saída da controladora de discos. Já o acesso a arquivos pequenos, como scripts do Shell, é limitado pela eficiência do projeto do sistema de arquivos. A razão disso é que a abertura de um arquivo requer a leitura dos metadados sobre ele que estão armazenados no inode do diretório em uma área distinta dos dados. Após localizar a entrada referente ao arquivo no diretório é que o sistema realiza a leitura dos setores que contêm os dados.

No caso de um desligamento incorreto do sistema, o ReiserFS é capaz de recuperar a consistência do sistema de arquivos em pouco tempo (a verificação dura alguns segundos) e a possibilidade de perda de pastas ou partições é muito pequena. Em compensação, os arquivos que eventualmente estiverem sendo gravados no exato momento em que acabou a energia ficarão com seus dados corrompidos, haverá acesso aos arquivos normalmente, mas o conteúdo estará truncado. Isso por que os metadados estarão alterados, e o journal estará sincronizado.

Uma desvantagem do ReiserFS é o seu consumo de CPU muito elevado, ele utiliza no mínimo 7% da CPU, chegando a usar até 99% por cento, quando a atividade de disco é muito alta.

XFS

XFS é um sistema de arquivos muito rápido na gravação. Foi desenvolvido originalmente pela Silicon Graphics e posteriormente disponibilizado o código fonte. Considerado um dos melhores sistemas de arquivos para banco de dados.

Possui journaling que vem com um robusto conjunto de funções e é otimizado para escalabilidade. Entretanto é recomendado usar este sistema de arquivos em sistemas rodando Linux com controladoras SCSI e/ou armazenamento em canais de fibra e fonte de energia sem interrupção. Eu também explico, o XFS tem grande agilidade pois faz muito cache de disco em memória ram e caso haja um desligamento incorreto: A memória RAM é volátil, bye bye informações. =)

Ele também usa journaling, e foi adicionado ao Linux recentemente.

Fat32

O Fat32 utiliza 32bits pra armazenamento de arquivos (2^32), o que faz que cada arquivo não possa ultrapassar 4GB. Fat32 é um sistema de arquivos rápido porém sem controle nenhum de permissão, quota e etc. Facilmente é fragmentado, é instável, dá bad cluster e todas as facilidades que a Microsoft te oferece.

NTFS

O NTFS (New Technology File System) foi feito baseado no HPFS, que a IBM usava no OS/2 (High Performance File System, que na verdade não tem tanta performance assim). Em ambiente Windons ele é o nirvana dos file systens, visto que a Microsoft anunciou, anunciou, anunciou e matou o WinFS antes mesmo do lançamento. Foi desenhado para acompanhar os Microsoft Windons série NT (3.5, 4, 2000, ChisPê, 2003 e Vista).

O NTFS não tem uma Fat (tabela de alocação de arquivos). Afinal, haviam vários virus que destruiam a Fat do Fat16 e Fat32. Então, cada arquivo tem sua própria Fat ao invés de haver uma só pra partição.

FAT, eu explico outra vez: File Alocation Table (Tabela de Alocação de Arquivos). A grosso modo é um índice, onde mostra a localização de cada arquivo no corpo da partição para o cabeçote ir buscar, ao invés de ter que procurar em um por um. Quando a Fat era apagada por vírus ou algum outro problema, o conteúdo do HD continuava no corpo das partições, mas sem o índice ele não encontrava nada, tchau arBquivos! Muitos usavam o File Recover, eu nunca tive tanta sorte.

Enfim, isso é interessante, mas baixa o desempenho do sistema de arquivos. Se aliar outras perfumarias que há no NTFS e em outros file systens, como compactação de dados, encriptação, quota pra usuários e cia, usar o seu ChisPê exigirá uma dose de paciência, e caso um vírus ataque o HD como de praxe, recuperar os dados será uma coisa ainda mais complicada.

Algumas outras informações sobre o NTFS: Os blocos são de 512B (sim, não desperdiça espaço e quase não fragmenta, contrariamente ao Fat32) e castiga o cabeçote do HD, não há limite para tamanho de arquivos e a cada “grande versão” do Microsoft Windons há uma atualização do mesmo file system, e chega por hoje 😛

 

 

Então é isso. Vou descansar um pouco pois tô meio cansado do trabalho. Abraço pra todos e agradeço aos comentários que tenho recebido, apesar de eu não ter tido tempo pra responder eles costumam me inspirar. =)

Stay safe,
Lucas Timm.

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