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Archive for outubro \30\-03:00 2007

E usar software por ideologia, sempre dá…

30 de outubro de 2007 14 comentários

MERDA!
(me segura, hoje tô com a macaca!)

Agora, os Telecentros de São Paulo, que eram (até ontem) referência no uso do tal do “Software Livre” serão migrados. Atenção, *todos*, sim, eu disse TODOS, para o Microsoft Windows Vista. Segundo eles, os deficientes visuais não se adaptaram bem ao Linux, a Microsoft deu as licenças do Windows Vista, a prefeitura banca o upgrade e fica tudo lindo pros dois lados. (e eu achei graça demaaais. :P)

Tá certo que, a desculpa que usaram, é mais esfarrapada, impossível. Ok, acredito que o mais sensato deveria ser a adequação de um determinado número de equipamentos pra algum sistema da Microsoft, como o Windows XP, ou Windows 2000. Isso dispensaria o upgrade de hardware. Afinal, pra quê o Vista? É sacanagem com os deficientes até no nome, (trocadilho infame:) infelizmente eles não podem ver as grandes novidades do Windows Vista, sejamos sensatos. 😛 Mas por favor, imaginem quantos impostos serão gastos em vão no upgrade?

Mas tá tudo bem, tá tudo ótimo. Esse é apenas mais uma coisa que me faz desacreditar no tal do Software Livre. Eu não acredito há tempos, e uso Linux por que supre minha necessidade bem mais que o Windows. Pois simplesmente, é muito bonito ser OpenSource. É quase cristão. E com certeza, esses artistas da comunidade estão protestando e postando links pro lado do vento, mostrando as “soluções software livre” para deficientes visuais (na comunidade Linux vs. Windows, mesmo, o Marco postou – e eu achei interessante).

Então, como eu mesmo disse no parágrafo acima, *eu* achei interessante. E, graças a Deus (mesmo), não sou um deficiente visual. Como eu posso opinar num software que, definitivamente, tem seu foco específico, e eu não estou incluso nele? Acordem! A desculpa O argumento tem sentido sim, e eu acreditaria nele se fosse feito da maneira que citei, ou pelo menos de uma forma bem implantada, algo com sensatez!

E assim, concluindo meu pensamento, também voltando ao assunto, esse é só mais um dos motivos pelos quais eu não apoio o software livre. Como eu já falei, é bonito ser OpenSource. Nas empresas, é quase algo como a Responsabilidade Social. Mas, a maioria dos “softwares livres” funcionam apenas em determinadas situações, na minha opinião.

Um software pra uma grande empresa (ou pra uma cidade, por exemplo) requer foco. E foco não é ter o código de fonte aberto pra qualquer um ver e alterar pras suas necessidades. Raríssimos casos fazem assim (mas temos exemplos legais também, como o Google e o MySQL), e quando as dificuldades apertam, ou as propostas das empresas de “software proprietário” ficam interessantes, a conversa muda totalmente de figura, e os ideais pelo futuro da humanidade saem de pauta.

A proposta da Microsoft foi interessante (ou não teriam aceitado). Tenho motivos pelos quais, caso eu fosse o articulador do projeto dos Tele-Centros, não aceitaria a tal proposta, não assim. Mas estaria sempre aberto à negociações, com a empresa e com o software que fosse, independente do licenciamento do software e do dinheiro em questão, (se houvesse). Diálogo é bom, e as coisas não funcionam impostas.

E assim, enquanto isso, a comunidade Software Livre (bando de Debiano folgado) chora as mágoas no Br-Linux…

Categorias:Diversos, Linux, Microsoft

A Apple não se tocou?

30 de outubro de 2007 Deixe um comentário

[Indignação]

Ah não, tá foda! A Apple cria o iPhone, atiça as lombrigas de 3/4 do mundo, mas ele só funciona com a AT&T. A tchurma meio underground desbloqueia o bicho e ele funciona com qualquer outra operadora. Então a Apple lança o upgrade, incompatibiliza todos os iPhones desbloqueados, e eles voltam a funcionar apenas na AT&T. A tchurminha criou um update, pra que possam voltar ao software original, atualizar pro novo da Apple e ter um novo desbloqueio. Agora, hoje, há algumas horas, li que a Apple resolveu cagar no pau e vender apenas iPhones no Cartão de Crédito, para eles saberem pra quem estão vendendo…

Isso dá até vontade de dizer um palavrão: Poxa! Será que as empresas não se tocam que o consumidor amadureceu, e elas não? E a Apple, que tenta ser uma empresa “modééééééééhhhhna” com inovações, qualidade e design, não percebeu o quanto eles estão fazendo um papel ridículo?

E o pior é que, parece que é moda. Algumas companhias pensam que vivem num ovo, cujos consumidores são controladas por elas e são seres idiotas e sem opinião própria (pior que sempre tem uma boa quantidade que, de fato, é), sempre agindo com políticas ultrapassadas e geralmente avessas à tecnologia e até aos bons costumes. Nessa lista inclui-se muita gente, como várias gravadoras, a FIFA e a Microsoft.

Por favor, vocês já pararam pra pensar no quanto estão sendo ridículas? Acordem…

Categorias:Apple

E:

18 de outubro de 2007 7 comentários

…enquanto isso, em Goiânia, um cara sai pra ver um novo apartamento.
…enquanto isso, em Goiânia, esse cara aproveita e para pra cortar o cabelo.
…enquanto isso, em Goiânia, o cara caminha pelo centro tranquilo.
…enquanto isso, em Goiânia, ele chega ao edifício.
…enquanto isso, em Goiânia, o porteiro do prédio é deficiente físico.
…enquanto isso, em Goiânia, o porteiro do prédio faz tudo de má vontade.
…enquanto isso, em Goiânia, o porteiro diz que não tem a chave.
…enquanto isso, em Goiânia, a mãe do rapaz – pelo celular – diz que a chave está na portaria, sim.
…enquanto isso, em Goiânia, começa a ventar desesperadamente, e uma janela estoura.
…enquanto isso, em Goiânia, esse rapaz fica puto e vai embora – bater em deficiente é feio.
…enquanto isso, em Goiânia, uma núvem de poeira engole o cara ao sair do edifício.
…enquanto isso, em Goiânia, o lixo somado com folhas e destroços de árvore voam pelo chão.
…enquanto isso, em Goiânia, os toldos das lojas chacoalham ameaçando cair na cabeça de alguém.
…enquanto isso, em Goiânia, é impossível caminhar, as mãos no rosto protegem de objetos maiores.
…enquanto isso, em Goiânia, esse cara tenta fotografar algumas coisas com seu celular: Isso, isso, isso, esse aqui também, esse outro, mais esse outro, e mais esse.
…enquanto isso, em Goiânia, as mãos no rosto não protegem contra os ciscos que voam nos olhos dos cidadões.
…enquanto isso, em Goiânia, é impossível se enxergar um palmo à frente dos olhos.
…enquanto isso, em Goiânia, o vento aliado à poeira está tentando arrancar as árvores do Centro.
…enquanto isso, em Goiânia, o céu está vermelho e o sol nem começou a se por.
…enquanto isso, em Goiânia, o cara passa na frente do Café Brazuca e resolve tomar um Mocaccino – fazendo 39°C na cidade, apesar do vento.
…enquanto isso, em Goiânia, as luminárias do Café Brazuca querem aprender a voar e estão tentando com muito vigor.
…enquanto isso, em Goiânia, o novo atendente do Café Brazuca não sabe fazer Mocaccino.
…enquanto isso, em Goiânia, o tal do Mocaccino nunca demorou tanto pra sair.
…enquanto isso, em Goiânia, o cara termina de tomar o tal do Mocaccino e resolve voltar pra sua casa.
…enquanto isso, em Goiânia, o vento e a poeira continuam castigando.
…enquanto isso, em Goiânia, o cara chega em casa e toma um banho. Tem poeira até no.. bom, deixa queto.
…enquanto isso, em Goiânia, o cara resolve contar sobre a tempestade de vento no blog que ele tem e atualiza de vez em quando.
…enquanto isso, em Goiânia, enquanto o cara posta, começa a chover horrivelmente.
…enquanto isso, em Goiânia, a cidade começa a refrescar.
…enquanto isso, em Goiânia, as persianas querem decolar na casa que o cara mora.
…enquanto isso, em Goiânia, a luz começa a oscilar nessa casa, também.
…enquanto isso, em Goiânia, o vento assopra assustadoramente pela janela do 11° andar.
…enquanto isso, em Goiânia, o cara resolve postar isso no blog logo antes que a festa acabe.

Ah tá. O cara sou eu.

Categorias:Diversos