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Razões para nem começar a usar o Scientific Linux

Hi guys,

Esse texto é uma carta aberta ao Henrique LonelySpooky a respeito do CentOS, distribuição que utilizo em meu desktop e meus servidores. Não é segredo pra quase todos que eu também estou deixando o CentOS. E esse texto do LonelySpooky brifa explica por alto alguns motivos que também o levaram abandonar essa distribuição. Mas o Scientific Linux, no meu caso, não será uma resposta, e sim uma pergunta. A resposta será “Não”. E eu explico o por quê.

Onde eu discordo da Opinião do LonelySpooky

De 2009 para cá, pouca coisa mudou na rea­li­dade: o Cen­tOS tem milha­res de usuá­rios, mas ape­nas “meia dúzia” de desen­vol­ve­do­res que deci­dem tudo. Não existe, de fato, uma Comu­nidade Cen­tOS por­que a Comu­ni­dade não par­ti­cipa efe­ti­va­mente na cons­tru­ção da dis­tro. Deta­lhes como papel de parede, tema, publi­ci­dade e empa­co­ta­mento se pas­sam pra­tica­mente às escu­ras ou dis­per­sos em pági­nas lúgu­bres e mal divulgadas.

Henrique, como bom usuário CentOS que és, você deveria lembrar que o desenvolvimento do CentOS realmente não é interativo via website ou fórum. No entanto a comunidade participa sim, através das listas de discussão onde todas essas coisas são debatidas. E nada disso é mal-divulgado, o problema é outro (explico mais pra frente).

Quando o Red Hat Enter­prise Linux 6 foi lan­çado eu já acom­pa­nhava ávida­mente as ver­sões de teste e creio que muita gente, assim como eu, acre­di­tava que um RHEL mais novo abri­ria um impor­tante leque de pos­si­bi­li­da­des; afi­nal de con­tas, o RHEL 5.x é base­ado no jurás­sico Fedora Core 6, com o qual diver­sas apli­ca­ções recen­tes são incompa­tí­veis.

Na verdade, as incompatibilidades nesse aspecto só são dos pacotes pra desktop. Quem usa RHEL/CentOS 5 sabe que, apesar do kernel ainda ser o 2.6.18, ele é muito bem patcheado para assegurar a compatibilidade com o hardware mais recente. Empresas desenvolvem software para outras empresas. Logo, nos softwares que continuam sendo desenvolvidos para o RHEL 5, não faz diferença a última versão do kernel, do GCC ou da GLibc.

Em vez de uma solu­ção, o RHEL 6 evi­den­ciou um pro­blema muito grave que a Comu­ni­dade Cen­tOS enfrenta. A redu­zida equipe de desen­vol­ve­do­res encontrou-se espre­mida entre duas rele­a­ses: RHEL 5.6 e RHEL 6.

Houve votação nas listas para eleição da prioridade. Inclusive, eu votei na prioridade de lançamento do CentOS 5.6 ao invés do CentOS 6, uma vez que precisarei homologar toda minha plataforma que hoje roda no CentOS 5.x para rodar no CentOS 6, enquanto o CentOS 5.6 é versão de continuidade, não de recomeço. 😉

Onde eu concordo com a opinião do LonelySpooky

De 2009 para cá, pouca coisa mudou na rea­li­dade: o Cen­tOS tem milha­res de usuá­rios, mas ape­nas “meia dúzia” de desen­vol­ve­do­res que deci­dem tudo. Não existe, de fato, uma Comu­ni­dade Cen­tOS por­que a Comu­ni­dade não par­ti­cipa efe­ti­va­mente na cons­tru­ção da dis­tro.

Eu concordo em parte com essa afirmação. Não acho que a equipe que desenvolve o CentOS é pequena, pelo contrário. Acho ela até abastada.

O que não gosto é que o desenvolvimento do CentOS me passa a impressão de ser feito “em panela”. Isso é, sempre as mesmas pessoas, e o ego das referidas é um tanto quanto exaltado. Isso não é uma exclusividade dos desenvolvedores do CentOS, mas sim um problema de TODAS AS DISTRIBUIÇÕES feitas em comunidade. No Debian é a mesma coisa, a diferença são as intermináveis votações.

Como atenuante, numa distribuição como o CentOS não são necessários tantos desenvolvedores, uma vez que o CentOS é basicamente um repackage do RHEL. As listas são abertas até certo ponto, e a burocracia para participar do desenvolvimento é tanta que eu optei por não distribuir os pacotes que eu já fiz nesses meios oficiais.

Diante da impa­ci­ên­cia da comu­ni­dade, que por várias vezes soli­ci­tou mais trans­pa­rên­cia sobre o sta­tus do Cen­tOS 6, a res­posta padrão é sem­pre a mesma: “O Cen­tOS 6 ficará pronto quando ficar pronto”

Isso, infelizmente, tem sido um problema seríssimo e dispensa comentários.

Razões para continuar no CentOS

Apesar disso tudo, o CentOS ainda tem um nome muito forte nos provedores da vida. Nome erguido por mérito. E existem pessoas que não estão inteiradas dos problemas que a comunidade CentOS está enfrentando. Pessoas essas cujos servidores continuarão funcionando e não tem interesse ou disponibilidade de ajudar na distribuição. Pessoas que não se importam em esperar e que não querem se envolver. Você é uma dessas pessoas? Ok, continue no seu CentOS. Admito que em muitos lugares também vou continuar.

Razões para não continuar no CentOS

Desde o lançamento oficial do RHEL 6, o desfile dos egos nas listas do CentOS tem se tornado extremamente desagradável. Me lembro da “data de lançamento” já ter sido marcada e descumprida umas quatro vezes. E ao invés de todos arregaçarem as mãozinhas e empacotar, o development team parece estar mais preocupado em discutir o sexo dos anjos nas listas da distribuição. Muitos questionam a entrega do CentOS 5.6 e 6, sugerem fusão entre o Scientific Linux e o CentOS ou uma colaboração mútua, oferecem ajuda, mas tudo vira motivo para a trollagem fluir. E o tempo passa. E nada do CentOS 5.6 e 6…

Minha história com o Scientific Linux

O Scientific Linux também é um clone do Red Hat Enterprise Linux com bastante qualidade. Assim como o CentOS, ele não é exatamente igual ao RHEL (se você, usuário CentOS, diz que o RHEL é idêntico ao CentOS, certamente você nunca usou o RHEL). Utilizei-o na versão 5.3 quando tirei o Fedora do meu desktop. Desde o momento que o instalei, reparei que o Scientific Linux é mais organizado que o CentOS, tem mais pacotes e tinha opção de usar XFS na / (que o RHEL só adicionou na versão 6!). A arte era mais feia – beeem mais feia – que a do CentOS, na minha opinião, mas troquei o papel de parede minutos depois.

Apesar de todas essas qualidades, percebi que a comunidade do Scientific Linux não levava as atualizações do sistema muito a sério, e algumas falhas que eram corrigidas bem em em tempo no CentOS acabavam demorando muitos dias mais para serem corrigidas no Scientific Linux. No ato da instalação, quando o fiz, a versão 5.3 havia acabado de ser lançada, e o CentOS 5.3 já estava em meia vida, com o RHEL 5.4 quase pronto. Isso me jogou um balde de água fria, e quando o CentOS 5.4 foi lançado, alguns meses depois, chutei o Scientific Linux 5.3 e voltei para o CentOS.

Essa demora extra no ciclo do Scientific Linux eu continuei acompanhando e confirmei nos releases seguintes. No entanto, o que parecia impossível, aconteceu com o CentOS. E nesses últimos dois releases, até o CERN/Fermilab (que também demoraram para lançar o Scientific Linux 6) conseguiram ser mais rápidos que o CentOS.

Mas, cansado da espera pelo novo CentOS 6, cogitei novamente a minha volta para o Scientific Linux.

A continuidade em outro clone do Red Hat Enterprise

Quando eu estava quase concretizando a instalação do Scientific Linux, li essa thread no LinkedIn onde outros usuários de CentOS reclamam da mesma questão que eu: Guerra de egos na disponibilização das versões, incógnita de tempo, demora exagerada e etc. E nessa mesma thread descobri o PUIAS Linux, outro clone do Red Hat mais antigo que o CentOS e mais fiel ao Red Hat original.

O PUIAS é desenvolvido pela universidade de Princeton, e desde que tenho o utilizado, o descobri como uma distribuição mais madura que o CentOS apesar de menor, que distribui rapidamente as atualizações do sistema operacional, e que ficou pronta bem antes do Scientific Linux 6.

O PUIAS não tem mídia de instalação (o usuário precisa cria-la se quiser instalar), ou realizar a instalação por rede como é meu costume. O fato de também ser desenvolvido por uma univerisade, que acima de tudo possui COMPROMISSO, me garantiu mais firmeza para experimentar, e estou a poucos passos de migrar meu desktop para o PUIAS 6. Basicamente só falta eu terminar de empacotar o KDE, cujo mesmo procedimento eu também precisei realizar no RHEL 6 e Oracle Unbreakable Linux 6.

Conclusões

Você está aguardando o CentOS 6 ou um bom clone do Red Hat Enterprise Linux 6? Se a resposta for a segunda alternativa, experimente o PUIAS, você não tem mais nada a perder mesmo…

Atenciosamente,
Lucas Timm.

Categorias:Linux, RedHat
  1. 6 de abril de 2011 às 12:00 am

    Lucas, muito obrigado por este artigo tão complementar. Vou referenciá-lo no meu texto para que as pessoas possam ter mais que um ponto de vista. Observando tecnicamente, percebo que concordamos em 90% dos pontos, mas o meu foco e minha maior frustração é, definitivamente, o quanto o CentOS é importante e o quanto ele está longe de ser o que poderia ser. Quando me referi a “meia dúzia” de desenvolvedores fiz questão de colocar entre aspas porque, no final das contas, embora a equipe tenha mais gente, quem manda é a meia dúzia.
    Talvez pelo meu envolvimento de longa data com o Projeto Fedora e sua organização quase militar eu demore a ver o CentOS novamente como um projeto sério e confiável. Como você disse, parece mais um linux feito por uma “panela”, que acredita que devemos ser gratos por nos deixarem usar sua distro.
    Não conhecia o PUIAS, mas agora, com sua dica, darei uma olhada. Admito que o SL não é o melhor clone do RHEL, de cara achei a arte dele tosca, até com os logos meio serrilhados (uma coisa feia que acontece em arquivos de baixa qualidade), mas, dadas as circunstâncias, dos clones instaláveis via DVD para quem, como eu, sofre com as limitações de banda e conectividade, ainda é a melhor opção.
    O que eu torço mesmo é para que a comunidade se organize e comece seu próprio clone, um guiado pelo atual método usado pelo Fedora, com liberdade real de contribuição para que as coisas andem mais rápido. Sabemos, contudo, que nas distros 100% da comunidade o que reina é a anarquia.

    De novo, muito obrigado pelos esclarecimentos.

  2. Jorge
    6 de abril de 2011 às 7:39 pm

    Debian… Usa Debian, filho. É lindo.

  3. André Machado
    6 de abril de 2011 às 7:57 pm

    Hehehe… o Timm é alérgico a Debian.

    Timm, bem que você podia postar uma review ou tutorial de instalação do PUIAS. Acho que um motivo que leva as pessoas a pensarem que o RHEL é igual ao CentOS é devido à utilização da palavra “clone” para descrevê-lo. Você poderia escrever um artigo comentando quais as diferenças entre os dois sistemas além do trivial “CentOS é gratuito e RHEL é pago”.

    Falando nisso, já que está em processo de migração de sistema, já considerou comprar uma subscrição do Red Hat Desktop? A subscrição mais barata custa US$ 49, mas não sei qual seu preço no Brasil.

  4. Douglas
    7 de abril de 2011 às 1:42 am

    O lucas tu me ajuda aqui senao te jogo pela jenela, e olha que tu mora no 20º andar em !! kk

  5. Marcelo
    7 de abril de 2011 às 7:27 am

    Olá Timmerma, você poderia, por gentileza, indicar um tutorial ou a documentação do PUIAS de como criar a mídia de instalação?

    • 7 de abril de 2011 às 7:46 am

      Já estou escrevendo o artigo, aguardem.

  6. Leonardo
    7 de abril de 2011 às 7:40 am

    Complicada a questão.
    Porém torço para que o time do Projeto Centos se organize, parém para pensar, pois o CentOS é gigantesco, e perto dele, todas as opções fora a RHEL são secundárias.

    Quantos projetos surgem e morrem, este SL, pelo tipo de organização, também não é de se esperar muito. idem para este PUIAS, ambos são projetos minúsculos, não merece comparação com o CentOS, pois literalmente são feitos por meia dúzia de pessoas.

    • 7 de abril de 2011 às 7:46 am

      Eu também, e comentei essa questão no BR-Linux.

  7. 9 de abril de 2011 às 6:07 pm

    Nunca vi uma distro que não tenha passado por momentos ruins, acho que até a própria Red Hat (não falo com muita certeza) já passou por momentos ruins. Não acho que essa fase irá acabar com o CentOS, no máximo a criação de um fork com qualidade igual ou superior. Por enquanto mantenho meus servidores com CentOS, sem grandes preocupações.

  8. HUGO LUIZ
    6 de junho de 2011 às 8:50 pm

    Muito bom! Já deu para saber bastente coisa sobre CentOS hoje!
    Parabéns pelo conhecimento aprofundado no assunto!!

    Parabéns!!!

  9. 13 de julho de 2011 às 11:34 am

    Eu, depois de 10 anos de Slackware, resolvi cair de cabeça em RHEL* . ( Antes disso, o único RedHat que tinha prestado na minha opinião era o 5.2, vai lá saber quando… 1998/1999? )
    Minha primeira experiência foi com o CentOS 5.2 pro 5.3 .
    Nesta época já ficou clara a obscuridade com que o CentOS era epresentado à comunidade; a partir daí ficou clarto que CentOS é na verdade EntOS, pois o C de comunidade não tinha o menor sentido. Eis que o KBSingh estava casando, e, outro cabeça que não lembro quem, estava gripado… então o CentOS 5.3 atrasou bastante.
    Comunidade é quando todos podem colocar a mão na massa, QA comunitário com uma posterior triagem central pro release, como é o KOJI do Fedora.

    Eu ganhei uma aposta que fiz, onde previa o release pro segundo semestre…

    No entanto, já podemos ver algumas melhoras, como o QA Web, que já fornece informações de forma oficial sobre o andar da carruagem. Quem sabe eles comecem a abrir mais o processo, que é, teroricamente, a tendência.

    Quem quiser suporte oficial a preço bom, pode tentar o Oracle Linux, que é outra recompilação do RHEL, lembrando que justamente casos como a Oracle fez a RedHat passar a lançar patches pro kernel de forma unificada ao invés de micro-patches : http://www.theregister.co.uk/2011/03/04/red_hat_twarts_oracle_and_novell_with_change_to_source_code_packaging/

    Complementando, o PUIAS já está até com o 6.1!

    • 13 de julho de 2011 às 1:18 pm

      Eu não acho certo pagar pra Oracle quando o trabalho principal foi feito pela Red Hat. Por isso incentivo sempre a aquisição deste.

      Dos meus sistemas free, o que era CentOS e migrei pra PUIAS, já está rodando o 6.1 🙂

      E o bom é, que com o lançamento do CentOS 6, as novas aplicações free pro EL6 já começarão a ser desenvolvidas, uma vez que a maioria dos usuários/desenvolvedores dos softwares gratuitos pro Enterprise Linux usam CentOS. E o ecossistema recomeça 🙂

  10. 14 de julho de 2011 às 8:13 pm

    Não é questão de achar correto, é que para algumas situações, um modelo de licenciamento diferente, pois este sistema por sockets e máquinas virtuais da Red Hat não necessariamente condiz com o tamanho do business onde o sistema está em uso. Por isso a Orcale torna-se uma opção, pelo fato de ser “recompilado comercialmente” ( entenderam né? ).

    Acho injusto também a Oracle usufruir desta forma do trabalho de outros. Porém, se for parar pra pensar, a Oracle faz com a Red Hat, o que nós, Consultores e Admins fazemos com nossos clientes ou empresa onde trabalhamos – a grosso modo. Não é mesmo? Afinal, a grana vai pra nossa conta…

    Não é atoa que a RedHat tomou a atitude de juntar sempre seus patches do kernel em um só, pra se proteger; o que acho muito correto por sinal, afinal, o Linux amadureceu bastante e o samba4 está aí quase no fim da “chocação” boa parte devido ao fato da RH fundar/contratar seus programadores. Quem lembra de linux-threads -> Glibc-2.0.7 ?? O Desenvolvedor principal da glibc ( Ulrich Drepper ) passou 14 anos como Engenheiro / Diretor na RedHat, assim como o criador desta, Roland McGraph. No meio deste bolo atualmente está a Google, que contratou Jeremy Allison, o cabeça do time do samba ( embora Google tenha certas atitudes que não agradam muito a comunidade de Software Livre, mas isso é outra históris ). Tem programador da CISCO…. parei pra não mudar o rumo da coisa.

    Enfim, a RedHat merece todos os créditos. Porém, tem um lado muito ruim nessa mudança no patch do kernel: acho que até o kernel do centos-plus pode deixar de existir, não? E o kernel com DRBD, que tinhamos no C5 ? Adios…

    Balança só é justa quanto tá vazia, pois nenhum peso é igual ao outro…

  11. 14 de julho de 2011 às 8:16 pm

    Corrigindo: “Porém, se for parar pra pensar, a Oracle faz com a Red Hat, o que nós, Consultores e Admins fazemos com nossos clientes ou empresa onde trabalhamos – a grosso modo. ”

    Lê-se: “Porém, se for parar pra pensar, a Oracle faz com a Red Hat, o que nós fazemos com o CentOS, não é mesmo?” Quantos doam de maneira pontual uma porcentagem dos seus lucros com serviços executados com o CentOS para o projeto? A Orcale faz o mesmo em grande escala.

  12. 17 de julho de 2011 às 7:21 pm

    Estou um pouco atrasado neste comentário, me desculpem. Gostei do artigo do Timmerman: claro e direto. Contudo, como sou usuário de desktop e já tendo instalado até Conectiva 5 (lá se vão anos), estou com sério problemas para escolher uma distribuição. Me parece que, basicamente, você como usuário de desktop tem de escolher entre segurança e/ou novidade. Por exemplo, qual a necessidade de experimentar o Gnome 3? Beleza talvez! A apresentação do desktop. Mas as distros que trazem novidades são seguras. Eu não confio na maioria delas. Usei por vários anos o Centos 5.0 (e versões). Apenas retirei por ter problemas com uma HP muito nova (e por eu não ser competente para fazê-la funcionar) no Centos 5.5.

    Acompanhei todo o processo com o Lance e esta “coisa” entre a versão 5.6 ou 6.0. Eu votei pela versão 5.6, pois creio que a segurança e estabilidade são princípios de uma escolha correta (mesmo para desktop). Vejo o processo de lançamento do Centos como uma escolha que vai contra a maré dos tempos atuais: o estilo Fedora e Ubuntu. O Fedora não pretende ser 100% seguro e estável e sim “atual”. O mesmo vale para o Ubuntu. Não gosto de nenhuma das duas distribuições. Gostando ou não elas faziam minha multifuncional funcionar. Estou com o scientificlinux 6.0 e estou vendo que é seguro e estável. Algo que creio deve ser eleito como princípio de scolha é o tempo de suporte da distribuição e nisto o Centos e Scientificlinux são ótimos. Já o Fedora é para quem tem interesse em testar, experimentar, etc.

    O Centos 5.6 parece que veio com uma versão nova do hplip e, portanto, deve fazer a minha multifuncional escanear etc. Vamos ver.

    Abraço a todos e, com certeza, os caras do Centos sabem o que fazem no estilo deles.

    Arturo

    • 18 de julho de 2011 às 8:38 am

      São algumas antíteses que acontecem. Em antigamente a idéia do Linux era fazer funcionar tudo no seu computador. As poucas ferramentas que tínhamos se esforçavam pra configurar o hardware da maneira mais adequada o possível, quando funcionavam. Quando não, alterávamos arquivos de configuração sem problema nenhum.

      Hoje as ferramentas são automatizadas ao extremo e fazem bizarrices com seu computador em nome da facilidade. E os desenvolvedores não se preocupam mais em manter o que tem funcionando. É simplesmente trocar a versão e azar o do usuário. Por esses motivos eu também não utilizo Ubuntu, Fedora e etc no meu desktop.

      Afinal, meu conhecimento em Linux é bom. Mas quando ligo o computador em casa, não quero ficar com hardware incompleto nem com funcionamento instável. Não quero ter esse tipo de preocupação. Não me importo com versões antigas. E o que mais preciso é sempre ter *estabilidade* sempre que possível.

      Por isso ainda utilizo o CentOS 5.4 no meu desktop, e pretendo atualizar pro PUIAS 6 assim que possível. Ainda não o fiz por que muitos softwares que eu preciso ainda não foram portados pro *EL6 (AmaroK por exemplo, tive que refazer o KDE pra ele funcionar), e por isso ainda vou esperar algum tempo.

  13. 17 de julho de 2011 às 7:25 pm

    Desculpe-me o dono do blog: onde se lê “Mas as distros que trazem novidades são seguras”, falta um ponto de interrogação (?) Estas distribuições são seguras?

    Abraço a todos e, com certeza, os caras do Centos sabem o que fazem no estilo deles.

    Arturo

  14. 31 de julho de 2011 às 2:11 am

    Olá, pessoal!

    Estou com o mesmo problema no trabalho. Não sei se continuo no CentOS 5.6 por causa da estabilidade e segurança ou se saio por causa da obsolência dos pacotes (o que atrapalha muitas das vezes). Preciso de um OS menos desigual possível.

    Li a respeito do Scientific Linux, mas não senti muita firmeza. Tô pensando em partir para o PUIAS. O que acham?

    Se puderem me ajudar explicando os pontos negativos e positivos de cada um, serei eternamente grato!

    Tenho uma rede de IRC já rodando e com projetos de disseminar o software livre através de discussões via chat. timmerman, isso pode ser postado aqui? Postarei assim que for autorizado (ou não! rs).

    Abraços a todos e viva ao software livre! 😉

  15. Saulo Brito
    16 de maio de 2012 às 5:00 pm

    HERESIA! Scientific-Linux possui suporte a ext4 desde sua versão 4.x coisa que o centos só veio dar suporte agora na 6.x, além de disponibilizar um completo suporte a atualização do sistema operacional entre versões pelo repositório de arquivos, além de nunca contar com pacotes e atualizações standard ou beta e trabalhar apenas com material release estável, além de ter uma equipe PAGA para desenvolver nos laboratórios LHC-CERN evitando assim a malemolência característica na fixação de bugs jurássicos característica da equipe do centOS e mantendo assim uma distro mais segura e estável, 100% recomendável.

  16. 16 de maio de 2012 às 11:45 pm

    Desde que escrevi o artigo que inspirou esta resposta do Timm, migrei meus servidores todos para Scientific Linux (6.2) e estou feliz com o resultado. Não tive maiores problemas do que aqueles que tive com o CentOS, mas isso faz parte do trabalho e é de se esperar, afinal, Scientific Linux e CentOS, na prática, se forem feitos do jeito correto, devem apresentar resultados semelhantes. O diferencial, acredito, está na comunidade que se constituiu em redor do Scientific Linux: são pessoas instruídas, muitos são profissionais em Linux e, mesmo assim, são acessíveis e educados. Não vi, até hoje o efeito “jerk” das listas do CentOS e, acredite, se você perguntar algo, os próprios desenvolvedores da distro podem aparecer para responder. Como exemplo posso citar que fui capaz de remasterizar a minha própria ferramenta Scientific Linux (um SL Remix com meus scripts e pacotes para trabalhos específicos) ao ser guiado pelos desenvolvedores do CERN e pela comunidade nos meandros do processo.

  17. Fernando Cardoso
    7 de janeiro de 2013 às 7:43 pm

    Prezado Lucas,

    gostei desse seu artigo. Venho perguntar se você já experimentou o OpenSuse. Eu uso OpenSuse há um bom tempo em servidores e não tenho tido problemas. Já usei Redhat original no passado e gostei. No notebook tenho usado Ubuntu com a interface Unity, mas já por incrível que possa parecer já me deu problema duas vezes em um básico uso de desktop…
    Recentemente pensei em experimentar algum clone do RedHat para servidores e também no notebook, mas não sei se voltou às raízes e já mando OpenSuse em tudo! 🙂

    Você já usou OpenSuse? O que achou?

    Obrigado e grato pelo artigo!

    • 8 de janeiro de 2013 às 12:19 am

      Uso openSUSE como desktop e nunca o utilizaria num servidor — pelo mesmo motivo pelo qual não usaria Fedora ou Ubuntu. Ele tem alguns bugs bem amadores, e o zypper é como o Yum na época do Fedora 5.

      Atualmente uso CentOS 6 (ou as vezes ainda o 5) pra quase todas as VMs que monto.

      Abraço!

      • Fernando Cardoso
        8 de janeiro de 2013 às 6:42 am

        Obrigado! Justamente a segurança é o que mais me preocupa. Vou experimentar o PUIAS.

  18. 3 de fevereiro de 2013 às 1:19 am

    timmerman :
    Uso openSUSE como desktop e nunca o utilizaria num servidor — pelo mesmo motivo pelo qual não usaria Fedora ou Ubuntu. Ele tem alguns bugs bem amadores, e o zypper é como o Yum na época do Fedora 5.
    Atualmente uso CentOS 6 (ou as vezes ainda o 5) pra quase todas as VMs que monto.
    Abraço!

    Pessoal, cada vez que leio fico mais e mais em dúvida, me ofereceram o centos como servidor de arquivos e impressão, apesar de tenho o servidor como suse e funciona muito bem. Agora por um erro meu, danifiquei o suse e preciso re-instalar, para as pessoas que pedi ajuda, me sugeriram o centos, e agora o que eu faço ?
    Tenho que ter 2 redes monitoradas com sarg, squid, samba e firewall, no samba com controle de direitos as pastas por usuários, sendo que estas 2 redes tem dhcp destivado.
    Alguém tem alguma sugestão ?
    Os computadores que vão rodar com base neste servidor são pcs com windows 7, tendo impressora canon (image Runner II)de alta impressão (corporativa) e 2 lasers comuns HP.

    • 3 de fevereiro de 2013 às 8:22 am

      Você não se arrependerá em usar CentOS ou nenhuma distro que seja baseada no RHEL.

    • 3 de fevereiro de 2013 às 4:28 pm

      No meu ponto de vista, tu deves usar a distribuição que dominas, independente da minha opinião sobre ela.

      Por exemplo, acho Debian e Ubuntu uma merda, mas se tu sabe usar e montar um bom servidor usando eles, não é problema meu 🙂

      Eu gosto muito do openSUSE pra desktop, e gosto também do Suse Enterprise pra servidores. Mas ja fiz manutenção em sservidores openSUSE que funcionavam bem.

      Abraços!

      • 26 de janeiro de 2016 às 5:17 pm

        Tem que se ter muito pouco QI no cérebro para achar o Debian uma merda, e associá-lo com o Ubuntu, que é apenas um Debian-based, sem muito da funcionalidade, portabilidade e alta performance que o Debian alcança, superando em vários quisitos, até mesmo o RHEL, e seus clones, como CentOS.

        OpenSUSE possue severas limitações de suporte para drivers, de modo que, em muitos casos, o usuário precisa apelar para drivers proprietários de vídeo, para poder ter o mesmo desempenho que um Debian logo de cara já proporciona.

        Configurações de serviço de rede ( o já bem conhecido LSB networking.service nas intermináveis listas de discussão de problemas do CentOS, que aparecem nos fóruns da vida ), reconhecimento e autenticação automática do DHCP, são problemas recorrentes, tanto em hardware mais antigo, quanto em muitas versões mais novas, algo que você, nem de longe, sofrerá numa instalação Debian, que automaticamente, em questão de segundos, já reconhece, configura e autentica para você.

        Enfim, associar Debian com as limitações e instabilidade funcional e operacional do Ubuntu, já evidencia de cara, que o cara que afirma isto, é quem fala merda.

        A merda está na cabeça de quem não conhece o Debian e seu Valoroso Projeto Open Source, o mais Amplo e bem acabado, sem suporte e auxílio de nenhuma Empresa.

        E, mesmo assim, desenvolvem, implementam o Melhor UNIX-like já criado.

  19. Paulo R
    25 de fevereiro de 2013 às 10:15 am

    Fala pessoal,
    Fico em dúvida em uma coisa, se a ideia é usar uma distro o mais fiel possível ao RHEL, pq não usar o próprio RHEL. Imagino que talvez para uma pessoa pagar cerca de 650 reais seja muito, mas para uma empresa pagar cerca de 960 reais por ano não e nenhum problema.

    O fato do RHEL ser pago é o principal motivo para buscar outras opções?

    Vlw

    Fonte dos valores: http://www.4partner.com.br/redhat

  1. 6 de abril de 2011 às 3:13 pm
  2. 15 de abril de 2011 às 11:58 am
  3. 12 de maio de 2011 às 12:26 pm
  4. 6 de junho de 2013 às 2:19 pm

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