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Sony Ericsson z550i

9 de junho de 2007 4 comentários

Hi folks,

Já havia lido o quanto os celulares da Sony Ericsson eram legais em ambiente Linux, mas nunca tinha tido a experiência de colocar o da minha mãe no meu SO. O que eu gostava é que, até no Windows, ele não precisava de driver nenhum. Detecta como dispositivo USB, sendo acessado com o Explorer ou Turbo Navigator — você já usou?:) — normalmente, como um PenDrive. Eu havia herdado o V3 sucateado da minha mom, afinal, ela tem um dom excepcional pra isso, destruir celulares. Então, vou contar-lhes um pouco mais sobre o meu novo aparelho.

Como eu ganhei o meu

Minha mãe comprou um senhor Samsung D900, que é tudo de bom. E logo depois, ganhou da Claro, um Sony Ericsson z550i. Ficou usando os dois, chip da TIM no D900, chip da claro no z550. Mas ela reclamava do D900, apesar dele ser lindo, ele não é muito usual pra ela. Tem recursos fantásticos (câmera de 3.0 megapíxels – muito boa mesmo), mas é em português de portugal, e as operadoras não dão um bom suporte pra ele e a Samsung fez contrato de exclusividade com a Tim, só ela fornece o aparelho oficialmente no Brasil. Pra usar, ela amava o z550i, que por ser “presente” da Claro, veio bloqueado. Ela deu o V3 antigo dela pra mim, e eu fiquei usando dois também: Um Nokia 2310 bloqueado básico (porém excelente, o aparelhinho) com chip da Claro pós pago (sim, também “ganhei” um), e o meu chip velho da Tim no V3. Logo cansei e decidi: Foda-se a Tim, eu fico só na Claro. E passei o chip da claro pro meu V3, abandonando definitivamente a TIM e dando o meu Nokia 2310 pra minha vovó.

Meu V3 funcionava bem, com todas as funções no meu Slackware. Havia o Motorola 4 Linux (M4L), que o unico impecilho é que necessitava ser aberto como root. Não sei que merda ele fazia no /dev/ttyACM0, mas como user sempre dava uma porrada de erros. No KMobilePhone Tools, ouvi falar de gente que tem – e que funciona, mas nunca testei. Não gosto das coisas do KDE, são muito Windows feias e pesadas pro meu gosto. A coisa é que ele funcionava, o celular era legalzinho mas limitado. (e demais). Porém quebrava o galho, tinha bluetooth (aliás eu gosto muito :P) e muitos idiotas acreditam que ele é sinônimo de status. Pra mim ele é como uma modelo: Simplesmente bonito, mas vazio de conteúdo. (literalmente).

Até que ontem, após voltar de um pit-dog que tinha ido com o Silas, cheguei em casa e minha mãe me deu um abraço e um beijo. Até estranhei, ué, nem era tão tarde assim, eu não havia demorado, qual o motivo da saudade!? 😛 E ela disse que havia um presente pra me dar. Me levou até o quarto dela e colocou o Sony Ericsson z550i na minha mão, explicou que ia cancelar a linha da TIM e queria me dar o aparelho. E ela gostava gosta tanto dele que eu acabei até ficando com pena de aceitar, mas acabei o fazendo. 😛 Ela então me pediu o V3 de volta, ela odeia, mas até ter o chip da TIM cancelado, quer um aparelho pra usá-lo. E eu fiquei com o lindíssimo Sony Ericsson z550i.

Recursos

Ele é muito gostoso de usar, as teclas são boas, o visor bem definido, um tamanho bom, um formato legal. A câmera tem 1.3 Mega Pixel, eu não preciso mais do que isso: Fotos boas eu tiro com a minha câmera digital (ou no D900 da mãe :P). O auto-falante não dá distorção como no V3, os jogos em JAVA rodam macio (anos luz do V3), tem 25MB de memória interna e eu posso colocar um MemoryStick de quantos gigas me der vontade. Tem WAP/GPRS (é legal!), toca MP3, vídeos, uma boa agenda, um bom organizador de compromissos, enfim. É um aparelho de primeira e o custo não é tão alto (custa em torno de 500 ou 600 reais). Não é o Motorola A1200i que me faz sonhar, mas eu gostei muito desse celular. Não vou me esquecer desse presente! 🙂

Sincronização

Meu sistema operacional é Linux, distribuição Slackware (já comprei até o DVD pro Fedora 7, mas isso é outro assunto), com kernel 2.6.17.13 e sem nenhuma atualização adicional. Apenas Slackware + Gnome DropLine 2.16. Ao plugar o cabo no celular, aparece uma mensagem no display. Ela pergunta se eu quero sincronizar com o computador ou que vire ferramenta de comunicação (modem). Escolho a primeira, corro no meu dmesg e confiro. Assim como no MS Windows, ele não precisa de malabarismos pra funcionar. Em modo texto é simples: mount -t vfat /dev/sda1 /mnt/ponto_de_montagem. Tá sincronizado.

Já no meu Gnome… Locais -> Computador -> Botão Direito em PenDrive (fui eu que criei isso) -> Montar. Tá lindo. Se o Hald tiver habilitado (eu desabilito, as vezes ele faz algumas insanidades) ele montará automaticamente.

Aí é só clickar e arrastar para transferir os arquivos. Simples assim. Não pude testar como modem, pois esse mês, minha fatura na Claro já estrapolou dos limites (com o falecimento do meu vovô, acabei torrando tudo em ligações interurbanas para o Rio Grande do Sul). Mas no dmesg, vi que ele também utiliza o /dev/ttyACM0 para isso. Nem experimentei colocar o pppd para discar, pois não é meu objetivo nesse momento!

Conclusões

Como eu, um Motorolista convicto (tá, desculpa :P) acabei gostanto tanto de um aparelho celular? Ele simplesmente funciona, sem nenhum problema. É bom de usar (Motorolas são lentos já há algum tempo e o volume é muito baixo) assim como os Nokias. Não é mal traduzido (em Português de Portugal) como o D900 da minha mãe, nem é básico. Mas ele tem todos os recursos que eu preciso, aliás bem mais, é bonito, estiloso, leve, funcional, e trabalha bem com meu sistema operacional. Quero mais do quê isso? (sim, um Motorola A1200i :P). Mas por enquanto estou muito feliz. Adeus, V3. Eu não vou sentir saudades 🙂

Categorias:Diversos, Linux